Quando recebemos um paciente em nosso consultório, ele quer ter o seu problema resolvido. Entretanto, muitos desses casos são considerados complexos e desafiam o profissional no estabelecimento de um diagnóstico e na escolha pela melhor conduta clínica.
Confira nesse blog quais são os casos considerados complexos na implantodontia e como ser um profissional que saiba resolvê-los.
Quais são os casos complexos na Implantodontia?
Cada paciente é único e pode apresentar diferentes graus de dificuldade. Entretanto, existem alguns casos que aparecem de forma corriqueira no consultório e que podem gerar insegurança no profissional. São eles:
– Pacientes com maxilas atróficas:
Os pacientes com maxila atrófica são considerados casos complexos na implantodontia, pois exigem uma série de tomadas de decisão do profissional quanto à conduta clínica.
Os procedimentos de enxertos ósseos ou transposição do nervo alveolar inferior resultam em tratamentos onerosos e longos para o paciente, e muitas vezes com uma previsibilidade um tanto quanto incerta.
Contudo, existem técnicas como o All-on-four que possibilita a reabilitação do paciente com implante em um único ato cirúrgico. A literatura mostra que utilizando angulações dos implantes, variando entre 30 e 45 graus, a taxa de sucesso é de 98,9%. Por isso, é essencial o profissional ter um amplo repertório técnico para solucionar esses tipos de casos.
– Pacientes com doenças sistêmicas:
Atualmente, com um estilo de vida mais sedentário, é muito comum que pacientes, principalmente, os mais velhos, apresentem complicações de saúde, como a síndrome metabólica, que pode chegar a 38,4% de prevalência na população.
É sabido que os pacientes com Diabetes Mellitus apresentam, dentre vários outros sintomas, a cicatrização demorada de feridas, o que pode prejudicar a previsibilidade do tratamento com enxertos ou até mesmo a osseointegração.
Apesar disso, a condição não é uma contraindicação absoluta para a instalação de implantes dentários. O profissional deve estar apto para fazer uma correta anamnese e conduzir, de forma a tornar seguro, o procedimento ao paciente.
– Pacientes que fazem uso dos bifosfonatos:
Outra situação que gera dor de cabeça para os dentistas é o uso de bifosfonatos pelo paciente. Eles são usados no tratamento da osteoporose por inibirem da reabsorção óssea, entretanto podem gerar um efeito adverso de promoverem a osteonecrose maxilar a partir de tratamentos cirúrgicos na cavidade oral que expõem o osso.
Além disso, também interferem na remodelação, renovação e neoformação óssea, o que pode ocasionar alterações na osseointegração de implantes dentários, porém faltam dados na literatura para assegurar tal fato.
Como o uso de bifosfonatos pode aumentar o risco de complicações para os seus usarios, o profissional deve estar atento a esse fato na sua anamnese e ter embasamento na literatura cientifica para balancear os riscos e benefícios aos pacientes, adequando o tratamento se necessário.
– Paciente com sequelas de outros tratamentos prévios:
Esse é uma situação muito comum de casos complexos na Implantodontia e que exige conhecimento, experiência e também habilidade psicológica do profissional em lidar com o paciente, que já chega ao consultório desapontado com o resultado.
Nesses casos, é preciso entender a fundo o histórico dos tratamentos realizados e buscar os fatores de insucesso, assim como mapear quais as frustações do paciente e as suas expectativas.
Muitas vezes, a intervenção em tecidos já manipulados anteriormente são limitadas e não oferecem a mesma previsibilidade de quando é realizada pela primeira vez.
Assim, o profissional deve ter a sagacidade de conduzir o caso, entendendo o que é possível realizar com base na condição atual do paciente.
Como ser um profissional que resolve casos complexos?
Os profissionais que conseguem resolver os casos complexos na implantodontia têm destaque na profissão e são muitas vezes referenciados por colegas que não se sentem seguros em conduzir o caso.
A busca pela excelência está ligada com o estudo e práticas constantes. A melhor forma de se desenvolver é buscar cursos, como especializações ou imersões com foco na prática. O profissional deve assegurar em que o curso escolhido tenha a oferta de casos em que possa ter a vivência de casos complexos.
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Referência
https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/5545/7299
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/6045/7743
https://www.scielo.br/j/csc/a/yjdDz8ccXCGgwj4YhVxKmZc/abstract/?lang=pt
